Um episódio em cruzeiro, mas real Acreditem se quiserem

Foram décadas de atuação. Logo, são muitas histórias para contar. Os associados APEA/SP vivenciaram memoráveis experiências na CAIXA. Hoje, aposentados, colecionam narrativas inspiradoras que são exemplos de profissionalismo, ética e dedicação. Para não ficarem guardadas apenas nas memórias de quem as viveu, atendendo aos pedidos dos próprios associados, o APEA/SP em Notícias lança a coluna “Recordar é viver”, um espaço dedicado para o compartilhamento destes inesquecíveis relatos.

Este caso, verdadeiro, ocorreu no ano de 1974, quando nosso dinheiro ainda era o Cruzeiro. Em uma sexta-feira, numa de nossas Agências, um cliente foi efetuar o levantamento no valor de Cr$ 6 mil (seis mil cruzeiros). O tesoureiro, iniciante na função, equivocou-se e entregou-lhe o valor de Cr$ 60 mil (sessenta mil cruzeiros), que foram colocados em sua pasta.

Obviamente, no final do dia, no fechamento do caixa, havia uma falta de Cr$ 54 mil (cinquenta e quatro mil cruzeiros), valor assustador. O salário mensal do Gerente da Agência à época era aproximadamente Cr$ 4 mil (quatro mil cruzeiros). Junto com os chefes e demais colegas, foi efetuada a conferência de todas as operações do tesoureiro e nada foi localizado.

Acreditem se quiserem, mas em continuação, ocorreu o seguinte: na segunda-feira, o cliente foi à agência da CAIXA, em uma cidade onde havia viajado, e para um pagamento – Cr$ 6 mil (seis mil cruzeiros), abriu a pasta, que ficara dormindo, em sua casa, no sábado e domingo, e entregou os Cr$ 60 mil (sessenta mil cruzeiros), sem ter percebido o ocorrido. O caixa notou a situação e perguntou-lhe onde havia recebido aquele valor. Com a informação de que fora na Agência X da CAIXA, imediatamente comunicou ao seu Gerente, que de imediato telefonou para o colega da Agência referida indagando se não estava havendo uma grande diferença em seus caixas.

Confirmado o valor e resolvido o problema, o gerente da Agência, emocionado com a situação, gritou para o tesoureiro, que havia passado um final de semana desesperador, pois tinha 48 horas para a reposição do valor: “Fulano, encontraram ‘seu dinheiro’” e este socava o ar, pulava e chorava de alegria.

Este foi um acontecimento real, mas em cruzeiro.